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anuviado silêncio
invólucro de tempestade
– nublado
minha pele fria e branca
guarda tanta dor
sussurrada e gritada
ecoando
dentro de minha pele
muito morreu:
foram almas, corpos
crenças, olhos
que ainda sinto vagar
por cada canto
tangendo —
ainda há sofrimento
nesses restos que me ficam
como indigentes
como carcaças.
como carniça
ora fedem
ora lamentam.
dentro de minha pele
há sangue que não é meu
escorrendo e infectando
no chão há uma poça
por dentro é um rio.
quem em mim mora
não sou eu.