Como que faz pra
não esperar o que ser quer? Como ter o tempo correndo junto à vontade? Como se
faz pra não criar ilusões? Como que faz pra não ver o que não se quer ver, mas
está diante? Como que faz pra esquecer o que se sabe? Como que faz pra esquecer
o que se viu?
Como que faz pra
dançar?
Como se faz pra
se concentrar quando algo ocupa tudo? Como faz pra estrangular uma vontade que
não pode ser saciada? Como se faz pra saciar uma vontade sem parecer estar
iludido, ou estar dependente, ou ser ridículo?
Como que faz pra
ficar perto quando se quer estar tão mais perto: quase que inteiro? Como se faz
pra não chorar quando se está triste? Como que faz pra tirar a tristeza, senão chorando?
Como alguém pode não chorar ouvindo Cartola dizer que o mundo é um moinho?
Como se faz pra
cicatrizar? Como se faz pra seguir adiante? Como que faz pra ser feliz? Como se
faz pra ser inteiro? Como se faz pra não ser só metade? Como se declara um amor
sem parecer bobo – sendo isso tão bonito?
Como se faz para
que as palavras não sejam tão amargas? Como se faz pra receber carinho
espontâneo de quem se ama? Como se faz pra descobrir uma alma? Como saber se há
sinceridade?
Como se respira
o mundo? Como não confundir o que tenho com o que quero dar? Como que faz pra não
confundir o que quero dar com o que posso dar? Como não deixar meu sorrido tão
amarelo?
Como se grita –
aonde há silêncio?
E o que quero
mais saber: como que faz pra desamar? “Porque
deixar de amar não é normal, não se desama dando um mero tchau”. Então,
como que faz?
São tantas perguntas, incubidas de respostas diretas, indiretas, ou atémemso respondidas pelo silêncio, complicado. Mas aguém tem que responder, e ao meu ver, sóquem as fe essas perguntas tem ooder de respondê-las!
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