Talvez
eu nunca soube como lidar com o amor: o que vem e o que sai. Eu nunca
soube manejar o que me dão em sentimentos e me queimo cruelmente. Tenho
minhas mãos em carne viva para quem precisar de provas. E dói tanto que
deixo cair todo esse sentimento que se espatifa e se derrete pelo chão
árido, entre as rachaduras. E depois de tudo feito, tudo quebrado e
derretido eu me ajoelho e me desespero na tentativa vã de recolher do
chão tudo aquilo que me deram. A terra gruda na minha carne crua.
Mas há quem faça questão de me afagar as mãos, para me aliviar a dor. Eu digo que não quero ser tão humano assim, mas minha carne crua entrega minha alma fraca de ser a si mesma.
Mas há quem faça questão de me afagar as mãos, para me aliviar a dor. Eu digo que não quero ser tão humano assim, mas minha carne crua entrega minha alma fraca de ser a si mesma.