Sinto um vazio enorme e desolador, de uma solidão imensa, de uma tristeza imensa, de um tudo imenso. O grito preso na garganta: o grito de socorro, mesmo que não sei por qual perigo eu estou passando. O perigo de me perder, de me achar, o perigo de me entender.
Prendam-me, me torturem até descobrirem o que é isso que se infiltrou em minha pele. E descobrirem como extrair e me salvar.
É o mar transbordando. É isso.
É essa solidão que anda me acompanhando e como passarinho, carregando de pouco a pouco e construindo seu ninho. E aí ela cansada repousa em mim. Eu sou fraco e minhas pernas não agüentam o tamanho peso desse espaço vazio. Meus olhos cedem.
Só por essas horas: eu cedo.
Se me aconchegasse em um colo, em um braço, em uns olhos, eu não cederia, porque não estaria tão cansado assim.
Prendam-me, me torturem até descobrirem o que é isso que se infiltrou em minha pele. E descobrirem como extrair e me salvar.
É o mar transbordando. É isso.
É essa solidão que anda me acompanhando e como passarinho, carregando de pouco a pouco e construindo seu ninho. E aí ela cansada repousa em mim. Eu sou fraco e minhas pernas não agüentam o tamanho peso desse espaço vazio. Meus olhos cedem.
Só por essas horas: eu cedo.
Se me aconchegasse em um colo, em um braço, em uns olhos, eu não cederia, porque não estaria tão cansado assim.