Sinto um vazio enorme e desolador, de uma solidão imensa, de uma tristeza imensa, de um tudo imenso. O grito preso na garganta: o grito de socorro, mesmo que não sei por qual perigo eu estou passando. O perigo de me perder, de me achar, o perigo de me entender.
Prendam-me, me torturem até descobrirem o que é isso que se infiltrou em minha pele. E descobrirem como extrair e me salvar.
É o mar transbordando. É isso.
É essa solidão que anda me acompanhando e como passarinho, carregando de pouco a pouco e construindo seu ninho. E aí ela cansada repousa em mim. Eu sou fraco e minhas pernas não agüentam o tamanho peso desse espaço vazio. Meus olhos cedem.
Só por essas horas: eu cedo.
Se me aconchegasse em um colo, em um braço, em uns olhos, eu não cederia, porque não estaria tão cansado assim.
Prendam-me, me torturem até descobrirem o que é isso que se infiltrou em minha pele. E descobrirem como extrair e me salvar.
É o mar transbordando. É isso.
É essa solidão que anda me acompanhando e como passarinho, carregando de pouco a pouco e construindo seu ninho. E aí ela cansada repousa em mim. Eu sou fraco e minhas pernas não agüentam o tamanho peso desse espaço vazio. Meus olhos cedem.
Só por essas horas: eu cedo.
Se me aconchegasse em um colo, em um braço, em uns olhos, eu não cederia, porque não estaria tão cansado assim.
Ótimo! Certamente um dos melhores textos que eu já li por aqui. Gosto dessa intensidade em poucas linhas, transbordando sentidos e sentimentos.
ResponderExcluirE é só uma fase, há de ser. Aproveite-a em cada momento. Somos todos lagartas dependendo de casulos.
Eu achei lindo, achei triste, me achei aqui.
ResponderExcluirBeijo.
Cansaço intenso de um homem intenso...
ResponderExcluirbonito isso.
^^
bj
Gostei, muito bonito, uma beleza triste, real.
ResponderExcluirProcurar colo, braço e olhos para se cansar de novo! Sempre.
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