A chuva sobre a cidade não dispersava bem o calor. No quarto, o homem ofegante e a mulher completa sobre a cama olhavam o teto – as telhas já envelhecidas. Ela sustentava um sorriso desenhado e ele, ele de olhos fechados, ele meio excitado, lembrava todo o sexo feito – o corpo dela sobre o seu. Eles suados, melados do prazer carnal e enfim, o suspiro dela.
Ele se aproximou da mulher e tocou seu peito nu, onde o coração ainda acelerado; deitou a cabeça sobre a mulher amada. Ela o abraçou, como se o protegesse: o homem seu.
As paredes azuis de mar suavizavam todo o quarto que era enfeitado por flores que nem se conta.
Ele sussurrou-lhe que a amava e ela sorriu encantadamente e deslizou sua mão pelo rosto dele de barba por fazer, de cabelos cacheados e de olhar amado. Ele apertou-se mais forte ao corpo dela como se quisesse entrar na sua pele. Ele queria entrar na mulher, e percorrer seu corpo inteiro. Ele a queria para si, ser dela, seu interior.
Entrelaçaram as pernas para que não houvesse a separação dos corpos. O cafuné dela no homem. E o chamego dele no peito dela sobre o lençol listrado.
Ele levantou-se e a puxou para o banheiro. Ela rindo tempestiva – que nunca mais tivera sorrisos tão felizes assim – ela feliz o acompanhou se entregando a mão que lhe puxava forte.
Imprensados na parede enquanto a água quente caia sobre o beijo intenso e as mãos dele segurando a cabeça dela como nos filmes de amor água-com-açúcar. Mesmo o calor da água, o calor dos corpos, o calor da noite. Mesmo a mulher estranha, mesmo o homem cativo.
Ele a enxugou calmamente, como se a pele da mulher fosse frágil. Ela olhava pelo espelho o rosto feliz do homem que observava suas costas nuas. Ela que sentia sobre a toalha as mãos quentes dele. A mulher feliz.
Ele vestiu as calças, a camisa xadrez, os sapatos vermelhos e a beijou. Ela atacando o vestido de chita: o beijou. Que as horas nem importavam mais.
Como não importava a manga madura apodrecendo no pé, o leite derramado no fogão. Como não importava a segunda-feira de amanhã, as ruas congestionadas e a canção ruim no rádio. Como não importava que eles não soubessem o nome um do outro, porque foi amor num único olhar, naquela única noite.
Ele se aproximou da mulher e tocou seu peito nu, onde o coração ainda acelerado; deitou a cabeça sobre a mulher amada. Ela o abraçou, como se o protegesse: o homem seu.
As paredes azuis de mar suavizavam todo o quarto que era enfeitado por flores que nem se conta.
Ele sussurrou-lhe que a amava e ela sorriu encantadamente e deslizou sua mão pelo rosto dele de barba por fazer, de cabelos cacheados e de olhar amado. Ele apertou-se mais forte ao corpo dela como se quisesse entrar na sua pele. Ele queria entrar na mulher, e percorrer seu corpo inteiro. Ele a queria para si, ser dela, seu interior.
Entrelaçaram as pernas para que não houvesse a separação dos corpos. O cafuné dela no homem. E o chamego dele no peito dela sobre o lençol listrado.
Ele levantou-se e a puxou para o banheiro. Ela rindo tempestiva – que nunca mais tivera sorrisos tão felizes assim – ela feliz o acompanhou se entregando a mão que lhe puxava forte.
Imprensados na parede enquanto a água quente caia sobre o beijo intenso e as mãos dele segurando a cabeça dela como nos filmes de amor água-com-açúcar. Mesmo o calor da água, o calor dos corpos, o calor da noite. Mesmo a mulher estranha, mesmo o homem cativo.
Ele a enxugou calmamente, como se a pele da mulher fosse frágil. Ela olhava pelo espelho o rosto feliz do homem que observava suas costas nuas. Ela que sentia sobre a toalha as mãos quentes dele. A mulher feliz.
Ele vestiu as calças, a camisa xadrez, os sapatos vermelhos e a beijou. Ela atacando o vestido de chita: o beijou. Que as horas nem importavam mais.
Como não importava a manga madura apodrecendo no pé, o leite derramado no fogão. Como não importava a segunda-feira de amanhã, as ruas congestionadas e a canção ruim no rádio. Como não importava que eles não soubessem o nome um do outro, porque foi amor num único olhar, naquela única noite.