domingo, 24 de outubro de 2010

esperando e nada mais

E eu pego o telefone na necessidade de ligar para alguém. Era um momento que queria ter uma companhia especial, bem perto. Caço pela agenda os números, mas eu não tenho o seu número, eu não tenho você (ainda). E a agenda se faz cheia de números que deveriam ter sido apagados e eu os apago. No mesmo instante. Por que eu sei que me tornaria fraco e acabaria ligando. E fico pensando em você por mais alguns instantes, pensando em não ter o número de seu telefone para te ligar e você saber que eu pensei em você e talvez assim te fazer pensar em mim.
    (Estou esperando você dizer “vem me ver/quero te ver” e eu (talvez) atordoado, com um constante sorriso bobo e me entupindo de ansiedade, correr até você. E criar possibilidades, imaginar-fantasiar situações, palavras, conversas, olhares e toques, em mesas de bares ou na calçada ou numa cama ou nos copos de vodka. Estou esperando o seu beijo e sentir na sua língua o seu amor e sua intensidade. Estou esperando.)
    Apenas me deixem nesse meu instante de desejo, É dele que eu quero viver agora.

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