domingo, 23 de dezembro de 2012

entrecortada

Silencia o mundo
Deito em tua cama, pois é lá onde encontro teu corpo. Pois é todo meu, o espaço e o tempo, e o físico incontável. Deito em teu peito para escutar o que reverbera e ressoa, o segredo visceral como arrebentação. Profundo. E meus olhos: perdidos.
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Poética
Abro um parêntese em meio ao teu olhar. Para o silêncio que ainda existe sobre os tons de tua íris.
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Deitado sob o céu
As estrelas desenhadas no teto de gesso não brilham como meu sorriso. Nem formam constelações. Quantas vezes elas já viram brotar amor desses lençóis encardidos que me acobertam?
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Fresta
Quando tu saíste, eu saí de mim. A porta se fechou e eu saltei pela janela que eram os olhos que viam teu adeus. Escorri pelo meu rosto e me provei nos meus lábios até secar.

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