Virgínia, que era perdida, disse: “eu te amo.”
Otávio, que era pleno: “que te amo também.”
Mas eles eram distantes, em espaço. Ele que era de lá, ela que era dali. Mas eram íntimos. Sabiam que eram isso.
E Otávio precisou voltar de onde veio, e lá havia quem lhe fosse mais perto, mas não mais íntimo. E havia quem quisesse lhe ser mais íntimo. Mas as possibilidades, que Otávio se deixaria pelas possibilidades.
Virgínia esperava que Otávio pedisse para que ela largasse tudo e se jogasse ao mundo, se jogasse a ele. Mas Otávio apenas soltou-lhe a mão. E talvez Otávio esperasse que Virgínia mesma se soltasse, ou que também, ela lhe segurasse a mão mais forte e lhe puxasse pra perto de si para o sempre que há. Mas Virgínia apenas soltou-lhe a mão.
Virgínia que chorava sob a pele, sorriu de consolação e Otávio guardou-lhe o sorriso.
Eles nunca mais foram os mesmos de si.
Acalma-se, coisa tua.
“Bê,
Há um dia
Porque amor nem sempre basta.
ResponderExcluirQue coisa mais linda e diferente.
ResponderExcluirAdorei o post *-*
Amei. Seguindo seu blog *-*
ResponderExcluirUau Bruno, me surpreendeu!
ResponderExcluirAdorei a narrativa, o joguinho de palavras, o enredo em si, a construção dos personagens... Parabéns, parabéns!
@garotodasletras
CA-RA-LHO
ResponderExcluirAcalma-se, coisa tua.
A gente fica sempre esperando do outro o que a gente mesmo tem que fazer.
ResponderExcluirBelo post, adorei mesmo.
Sem dúvida, o melhor.
ResponderExcluirPoxa. =(
ResponderExcluirJá pode chorar comendo uma panela de brigadeiro?
Espero que não seja sempre assim. =/