sábado, 30 de abril de 2011

um pouco dia

Quando ele não sabia, ela soltou sua mão, inesperada, sem olhar para trás. Sem tristeza nem alegria, a indiferença tão temida e nunca ainda sentida. Ele não sentiu nada, jura que não sentirá. Quando as horas passarem, quando a noite cair e a cama vazia esfriar: ele irá sentir. Quando ele escureceu, ela desapareceu, de seus olhos negros, de sua pele negra. O ar pesado.
    Ela cheia de si, ele inconstante; ele cheio de amor.
    Quando ele se perdeu, ela quis se perder dele.
    E a cama não parece tão mais quente como a tarde.

2 comentários:

  1. Gosto desse tipo de texto, que conta os momentos desencontrados de um casal.

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