terça-feira, 4 de janeiro de 2011

violência de um coração

    É de mim fazer planos. Ilusões perigosas para vidas meio vazias. (E é tão perigoso quando se quer quase um tudo). Mas eu tenho uma intensidade tão grande como felicidade de cão ao dono, que foge do controle por muitas vezes. Então. Eu piso em vidros, piso em feridas, piso errado, piso sem querer. E há uma hora que é tarde demais (porque tudo que existe tem sua hora de ser tarde demais), e não há como voltar porque simplesmente sou incorrigível.
    Sou incorrigível.
    Sou incorrigível.
    Sou quase-corrigível.
    Meu coração é violento. Inerte e paralítico de espaço – logo ele que tanto quer voar. Descascado de anti-sentimentalismo, impróprio para olhos profundos. E esse chão árido, que às vezes dói os pés. Coração humano intolerante intolerável. Excessos impregnados nas tintas descascando-se. Coração humano (às vezes cerebral).
    Estou tentando esquecer o que é esquecível. Estou esperando Maio, com a felicidade que ele me promete.

5 comentários:

  1. Não são ilusões, são apostas e você tem direito de apostar no que quiser. Há o perigo de errar, mas o perigo existe e só.

    Beijo.

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  2. esquecer o que se pode, pra viver bem o que pode vir de bom. também espero.

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  3. Coração é esse vidro meio acrílico que quebra-e-finge-quebrar.

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  4. Ual, adorando ver o modo como escreves.
    O perigo existe, mas não podemos viver com medo dele. Temos que arriscar. E arriscar não é ilusão. Não é ilusão pelo menos algumas vezes. rs

    Beijinhos!

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  5. Paradoxos... que esse maio nos (me) traga mais alegrias que o do ano passado

    torço inconscientemente por isso

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