sexta-feira, 17 de junho de 2011

qual moinho

Seu coração aflito não o deixava viver. O consome em paz e amor e dor. O coração agitado descompassado, desconstruído, desarmado de sorrisos e vingança. Ele só quer a paz que perdeu naquela noite, cansado.
    Até que aquele desconhecido parado no ponto do ônibus o abraçou e o beijou no rosto, sem nem mesmo saber do cansaço de viver que levava aquele coração bradicárdico. O homem desconhecido lhe acolheu – a necessidade de um braço-reconforto – deu-lhe uma esperança de que tudo vai ficar bem, mesmo que por aquele instante.
    E nesse instante ele acreditou em todo aquele beijo, até que os olhos se abrira: ele queria tanto perder a realidade que os olhos veem. 

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