sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

qualquer coisa sobre o lençol

Das coisas de amor que preparei, rasguei sem antes mesmo escrever, por que não há papel que caiba quando o vento não leva. Há um que de poesia mesmo nesse rascunho. Porque precisa-se de leveza quando o peso que colocam em mim. Mesmo abrindo-me em paz, querem passar em estandarte. Acho que minha mão não se encaixa em outra. Mesmo que eu queira a carne e alma, talvez o máximo que extraia seja a pele rasgada.
Não consigo pensar mais, me foge da mão aquela palavra e aquela outra e toda a frase. Queria estar alegre, mas a tristeza é uma vírgula.

2 comentários:

  1. O resto do texto é a impaciência, pois, que de vírgulas não abastam uma poesia. Eu acho que você é reticências, Bruno, sempre algo a declarar.

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  2. tristeza é uma breve pausa, um intervalo de conexões. eu encaro como melancolia porque não só saio ileso desse estado como me torno mais enriquecido emocionalmente. tem gente que prefere encarar como depressão (e daí nenhuma arte pode ser concebida).

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vírgula