terça-feira, 7 de agosto de 2012

de um homem que nasce

Meu corpo nu na tua boca crua. Tu me comes com as mãos e os dentes, que os olhos já se saciaram. Meu corpo marcado de tua fome – devoras! Não sou homem de meio amor, de meio-dia, de pouca coisa. Meu corpo não é metade. Meus pelos, meus músculos, meu minúsculo amor não cabem entre teus dedos.
Mas me rasgue (e sangre)!
Que dilacerado eu sou mais fácil de comer.

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vírgula