quinta-feira, 2 de junho de 2011

em maio

Deixe que o mundo gire num meio dia, ao sol esquentando as paredes. Um dia pra tanta pouca coisa. Para tanto pouco amor sentido, tanto pouco amor retribuído. Tão pouca cor de sorriso. Mais frio é o silêncio do mundo. O silêncio indiferente da incerteza.
    Acho que perdi os pontos, o fio do tricô, perdi o tom. Ou acho que alguém os roubou de mim. A camisa desfiada do fio solto que não pôde ser costurado até o final. A camisa vai se desfazendo nas horas quietas. Ela sucumbe ao tempo. A camisa que visto. Eu fico nu. Eu fico aberto. Um alarde em meu peito.
    A incerteza da indiferença.

Um comentário:

  1. A certeza da diferença entre os amantes desamados.
    É uma porcaria o desencontro, né?


    Beijo.

    ResponderExcluir

vírgula