terça-feira, 24 de janeiro de 2012

bodas de algodão (2 anos)

Andei pelos meus passos, mas não há cheiro de mofo. Nem sinais de bolor no que já foi escrito em meus cordéis. Vi o que senti, o que falei, o que quis ter às vezes tão intimamente – que nem eu mesmo sabia –, vi o que dei cria: embalei em meu colo quente.
Que passam as nuvens, as dores, aqueles amores.
Poucas coisas, confesso aberto, poucas ainda perpetuam hoje na pele. Alguma primavera, alguma estagnação, algum leão. Mas o primeiro verão ainda está longe e creio – de meus olhos que brilham – creio que chegarão algumas flores para mim, de um sorriso bobo, de um amor cativo, de um rabisco-poesia.
O que parecia tatuagem era só sujeira.  No mais, soltei sorrisos, pois ando de uma alegria que só meu coração e quem está enroscado nele entende.
E minhas veias levam o meu sangue d’utero para o que nascer.

4 comentários:

  1. Passando aqui de novo por ocasião do destino. Hoje deixou um comentário pra você saber que existo e, assim, eu peço que permaneça, que cresça, rejuvenesça esse blog, a sua página e os seus sentimentos. Porque quanto mais o tempo passa para o poeta, mas a gente acha que entende, e menos, no final, compreende, mas se surpreende que amamos pouco, vivemos pouco e pensamos tão intensamente pouco, por alguém, alguma causa ou coisa.

    Parabéns, sucesso, sucesso e sentimento!

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  2. Essas palavras me derão uma certa alegria... gostei.

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  3. PARABÉNS, porque você muito merece. Sua escrita cativa, você cativa.

    Um beijo gostoso.

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  4. é muito feliz e nostálgico lançar uma olhadela ao passado, ver o que se fez ver o que se faz, enxergar evolução nos nossos ossos. você cresce, dá pra ver.

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